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O intervalo entrepartos é o período médio em que a vaca obtém a parição de um bezerro e o tempo em que ela leva para ter a segunda parição. Neste tempo, existem períodos complicados em que os produtores precisam ficar atentos como a lactação, o pré-parto e o período de serviço. O ideal é que o entreparto dure 12 meses, ou seja, que a vaca tenha 1 bezerro por ano. No entanto, se a alimentação for mal administrada, sobretudo, no pré-parto e período de serviço este tempo pode se estender a 18 meses, reduzindo muito a quantidade de bezerros no rebanho.
— A grande dificuldade deste animal recuperar a parte reprodutiva seria que nesse período de serviço porque a vaca está em balanço energético negativo. Ela demanda uma exigência em energia maior do que a capacidade que ela tem de ingerir. Ou seja, ela tem que produzir leite, mobilizar nutrientes para crescer e ainda tem que estar apta a reproduzir e a capacidade física dela de ingestão de alimentos é mais difícil pelo rúmen ainda estar comprometido. Para a gente minimizar este balanço energético negativo a gente tem que adensar os nutrientes nesta fase, já que ela ingere pouca matéria seca, a gente tem que concentrar os minerais, proteínas, energia nesta fase. Com isso, a gente consegue reduzir o período de serviço deste animal e, consequentemente, o intervalo entrepartos — explica Lieber de Freitas Garcia, consultor técnico de pecuária leiteira da Premix Nutrição.
O especialista diz que o período de serviço ideal de uma vaca leiteira é de 3 meses, dentro de uma programação de 1 parto por ano. Ele diz que a alimentação no pré-parto também é fundamental para definir este tempo. A oferta de alimentos de boa qualidade como farelos de milho e soja, na parte enregética, e a parte mineral carregada com carregada de fósforo, cálcio, selênio, vitamina E são muito importantes. Segundo Liebre, o produtor deve oferecer a ração com cerca de 27% a 30% de proteína e um suplemento aniônico para provocar uma leve acidose no animal e prevenir a retenção de placenta.
— Neste período ela tem que estar recebendo o que a gente chama de dieta aniônica, com fornecimento de sais com cargas negativas para induzir a uma leve acidose metabólica a este animal. A intenção é prevenir a febre do leite, que seria um aumento da mobilização do cálcio no plasma sanguíneo pro leite, e a retenção de placenta. Da mesma forma, a gente também vai adensar os nutrientes na parte de energia e proteína. A ração tem que ter cerca de 27% a 30% de proteína e um suplemento aniônico. Associado ao aniônico é interessante uma boa suplementação de selênio com vitamina E para prevenir a retenção de placenta. A gente preconiza que a taxa aniônica esteja por volta de menos 100 a menos 50 miniequivalência, o que no suplemento da Premix estaria por volta de 250 miligramas de ingestão forçada ou misturada a 5 ou 6% na ração concentrada— ensina Liber.
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